Orson manteve a voz calma, mas seus dedos continuaram firmes ao redor do pulso de Zara.
A pressão de sua mão fez com que ela tivesse a nítida sensação de que, se sua resposta não saísse como ele queria, ele poderia esmagar seus ossos sem hesitar.
— Eu não é que não queira te ver. — Zara respondeu.
Orson não disse nada, apenas ergueu os olhos e a observou.
— Eu só acho... Que não há necessidade. — Zara umedeceu os lábios antes de continuar. — Nós...
— Por que você quis se casar comigo? — Orson a interrompeu de repente.
Zara não esperava aquela pergunta. Seu rosto mudou por um instante, mas logo recuperou a compostura.
— Foi uma decisão entre as nossas famílias...
— Apenas por isso? — Orson perguntou.
— E o que mais você achava que poderia ser? — Zara rebateu.
Orson não respondeu, mas seus dedos foram lentamente afrouxando ao redor do pulso dela.
Zara pensou que o assunto havia terminado ali, mas, no momento seguinte, Orson falou novamente, com um tom lento e preciso:
— Zara, pelo seu te