Nice ainda estava sentada na cama quando ouviu o som da porta da frente sendo aberta, o coração acelerou, passos firmes pelo corredor e então, Sebastian Moreau surgiu na porta do quarto.
Camisa social azul escura, calça de alfaiataria, o rosto como sempre inexpressivo, mas os olhos, os olhos denunciavam uma preocupação, um alerta que ela nunca tinha visto antes nele. Por alguns segundos, ele a encarou em silêncio.
— “Você está bem?”
A voz dele saiu baixa, controlada, mas havia um tom grave por trás, algo entre preocupação e raiva contida.
Nice assentiu devagar.
— “Sim… só com dor de cabeça.”
— “Precisa de água? Analgésico? Posso te trazer algo.”
Ela sorriu, fraca.
— “Acho que já causei trabalho o suficiente pra você.”
Ele suspirou, agachando-se na frente dela, ficando na altura dos olhos dela.
— “Você nunca dá trabalho.”
O tom dele foi calmo, mas com firmeza suficiente pra deixar claro que ele falava sério.
Antes que ela pudesse responder, Vinicius apareceu na porta, recostado no bate