Kall
.
.
Antes que eu pudesse ter tempo pra pensar no que eu faria com Ana pra mantê-la sob controle, o meu celular tocou, era um de meus homens.
— O que foi que ela fez agora?
— Ela tá gritando feito uma maluca senhor, e quando entramos no quarto pra ver o que tinha acontecido, ela apontou um fuzil pra gente, acho que o senhor deveria considerar chamar um psiquiatra.
— Não façam nada, eu já estou indo.
Eu já sabia que era só uma questão de tempo pros meus homens acharem a Ana uma louca, o que eu também achava, mas a loucura dela não era problema que um psiquiatra poderia resolver, e sim algo pra eu mesmo resolver.
A verdade era que a Ana não estava facilitando a retomada da rotina que eu tinha antes do pai dela morrer, muitas coisas estavam fora do lugar, e o tempo estava correndo contra mim, mas mesmo sabendo de todos os problemas que vieram junto com ela, eu não conseguia ser indiferente ou ignorar a existência dela, ela era como um ímã, eu não conseguia ficar longe dela, nem mesmo