Cillian
— Achou que eu não viria no casamento da minha própria filha?
— Achei, sim. Afinal, uma de vocês foi convidado por mera educação da noiva. — Senti o seu olhar queimar em mim. Ele ainda se referia a mim no feminino.
— É melhor que nos deixe em paz, psicopata — disse Sheryl, fazendo-o rir de um jeito debochado.
— Cuidado para que vocês duas não transformem esse casamento em um verdadeiro circo dos horrores.
Cerrei o meu punho com tamanha força, fazendo-o estalar. Ele afastou indo em direção à mesa.
— Nós não precisamos ficar — disse Sheryl.
— Mas nós vamos. Se sairmos, estaremos fazendo tudo exatamente do jeito que ele quer. Estaremos jogando conforme as regras dele. E eu me recuso a isso.
Durante todo o jantar pude senti-lo me encarar. A ira exalava dele, irradiando pela mesa. Era quase tóxico. Por algumas vezes senti vontade de encará-lo de volta, mas não estava seguro com isso e de como ele me afetaria com um contato tão direto. Se eu era resistente o bastante para pa