Cillian
O táxi estacionou em frente ao prédio. Desci após pagar pela corrida e subi os degraus que levavam até a porta. Estava frio, muito frio. Nevaria a qualquer momento, mas eu só sairia dali após falar com ela.
Toquei o botão do seu apartamento e logo alguém atendeu:
— Quem é? — A voz se parecia com a da Anna.
— É o Cillian.
— O que está fazendo aqui?
— Quero falar com ela.
— Mas ela não quer falar com você!
— Por favor. A gente precisa conversar, eu não aguento mais isso! — Fui persistente.
— Vá para casa, Cillian. A Cris está mesmo tentando esquecer você. Seria bom se ajudasse com isso.
— Diz para ela que eu só saio daqui depois que a gente conversar, mesmo que eu congele aqui fora.
O silêncio foi a minha resposta.
— Alô?! Anna! — O silêncio perdurou.
Apertei novamente o interfone e ninguém atendeu. Apertei de novo, determinado a só retirar o meu dedo dali, quando Cristina falasse comigo.
Através do vidro da porta, eu vi uma silhueta feminina se aproximar. Eu me