Cristina
Enquanto caminhávamos pelo passeio que levava até a casa, olhei para janela e vi dois rostinhos ali, com sorrisos travessos. Quando me viram aproximar, desapareceram rapidamente. Subimos os degraus da varanda e quando chegamos na porta, segurei a maçaneta e parei por alguns segundos.
— Por que paramos?
— Estou dando tempo para as minhas irmãs se esconderem. Elas fazem isso toda vez que venho para casa. Gostam de me dar susto.
Ele riu.
Abri a porta e entramos.
— Cheguei! — anunciei, retirando o sobretudo. Pendurei-o no cabideiro da entrada e em seguida fiz o mesmo com casaco do Cillian.
— Hija! — disse a minha mãe, vindo de braços abertos até mim. — Finalmente estás en casa.
Abracei-a apertado e beijei o seu rosto.
— Te extrañé mucho mamá. — Soltei-a. — Mama… Esse é o Cillian. Um amigo da faculdade.
— Seja bem-vindo! Sou Rosalia — disse ela, sorridente, estendendo-lhe a mão.
— Gracias por recibirme en tu casa — respondeu ele. Olhei-o um pouco surpresa por vê-lo fa