Kara
Afonso olhava para os lados constantemente, como se temesse algo, quando voltou a se aproximar de mim e eu recuei.
— O que está fazendo? – obriguei ele a parar quando coloquei o carrinho de Jasmim entre nós dois.
— Eu preciso confessar algo – ele disse, abaixando o olhar enquanto sussurrava – eu não entendo por que o Gustavo me proibiu de vir até aqui.
— Quer confessar isso? – ele levantou o olhar imediatamente e sorriu, me fazendo sentir uma idiota.
— Quero confessar que amo você, Kara – as palavras escapuliram de forma rápida e inesperada, causando em mim ondas de choque intensas – que não suporto mais ficar um minuto sequer longe de você.
Eu recuei ainda mais e minha vontade foi pegar Jasmim e fugir dali o mais rápido que eu podia. Um nó sufocou minha garganta quando eu percebi o quanto Afonso estava sendo sincero. Os olhos dele brilhavam na minha direção. Inevitavelmente, eu fiz uma careta quando me lembrei de que o meu coração já estava ocupado e que dizer isso ao Afon