Assim que saio do quarto, minha expressão se transforma em um gelo implacável. Entrego a bandeja a uma enfermeira que passa pelo corredor e sigo em direção ao médico, que está conversando com Eric.
— Ela já pode ser transferida para o meu hospital? — Pergunto friamente, com um olhar tão intenso que faz o médico dar um passo para trás, assustado.— S-Sim, é possível. — Balbucia, visivelmente nervoso enquanto tenta manter o controle.— Então, faça o necessário. Prepare-a, refaça o curativo no ferimento, faça um check-up completo nela e no bebê. Quero garantir que tudo esteja perfeito antes de voltarmos para Sedona. — Ordeno com uma frieza que parece congelar o ambiente ao redor. O médico, claramente intimidado, acena com a cabeça.— Vou providenciar isso imediatamente. Com licençaUm mês.Passou um mês desde que voltei para Sedona. Esse período foi incrivelmente difícil, tanto física quanto psicologicamente. O ferimento ainda me causava dores intensas, e eu estava constantemente sob efeito de analgésicos para aliviar o sofrimento. Minhas rotinas eram preenchidas por exames frequentes para verificar minha saúde e a do bebê, algo que me desgastava mentalmente, mas que era necessário.Matteo não saiu do meu lado nem por um momento. Ele apenas se afastava quando eu implorava para que ele tomasse um banho e comesse algo. Sua presença constante era um alívio, mas eu sentia como se fosse um fardo, pois sabia que ele estava se sacrificando por mim. Minhas amigas Gabi e Sophia me visitaram frequentemente, e eu tive que inventar uma desculpa sobre ter levado um tiro de bala perdida. Elas ficaram chocadas, mas não questionaram mais nada e continuar
17:50 — Casa do Matteo. — Quarto. — Sedona.Sem dizer uma palavra, ele começa a retirar sua camScarlett com um movimento deliberado e firme. A tensão em seu corpo é palpável, e eu sinto a intensidade do seu olhar fixo em mim.Matteo se aproxima com uma determinação feroz e um olhar intenso.— Sim. Limparei o seu corpo, minha preciosa. Farei com que cada centímetro da sua pele se lembre dos meus toques, até o fim das nossas vidas. Deixarei o meu cheiro em você e apagarei todo o trauma que você carrega.Com movimentos suaves e deliberados, ele começa a retirar meu vestido. Seus dedos são cuidadosos, mas firmes. Assim que fico no meio da cama, Matteo se aproxima de mim com um olhar de pura adoração.A respiração dele está ofegante, refletindo a intensidade do momento. Ele começa a me beijar
18:55 — Casa do Matteo. — Quarto. — Sedona.Observo Scarlett dormir tranquilamente, seu rosto sereno e perfeito, em um contraste gritante com a turbulência que sinto por dentro. Fecho os olhos, tentando controlar a raiva que queima em meu peito. Ao ouvir o que aquele desgraçado do Salvatore fez, me segurei ao máximo para não explodir. Esperei muito tempo, mas sei que a hora da vingança finalmente chegou.Mas antes disso, preciso cuidar dela. Dar-lhe um banho e trocar o curativo. Ela não pode dormir toda suada, e não quero que seu machucado infeccione. Saio da cama com cuidado e a pego no colo, fazendo-a resmungar, o que me arranca um sorriso. Entro no banheiro, ligo o chuveiro na temperatura morna e a coloco no chão. Ela resmunga novamente, mas permanece apoiada em mim, sem dizer nada.Com uma delicadeza que só ela desperta em mim, começo a lavar seu corpo.
Galpão. CENA FORTES.— Abaixe-o. — Ordeno a Saulo, minha voz firme.Salvatore tenta não demonstrar medo, mas assim que seus pés tocam o chão, os cacos de vidro cravam-se em sua carne. Ele morde os lábios com força, segurando um grito de dor. Olha para mim e ri, um som seco e sarcástico.— Acha que algo assim vai me fazer gritar? Eu esperava mais de você. — Ele cospe as palavras, tentando manter a compostura.Ignoro sua coragem e volto para a mesa de ferramentas, pegando um isqueiro. Salvatore tenta desamarrar as mãos das cordas, um ato tolo de sua parte. Caminho lentamente de volta até ele, o isqueiro firmemente segurado em minha mão.— Sua mulher é muito gostosa. O sabor dos lábios dela é maravilhoso. — Ele provoca novamente, numa tentativa desesperada de me desestabi
Galpão.— Ainda acha que pode me desafiar, irmãozinho? — Pergunto, com desdém na voz.Com um movimento brusco, retiro a pêra de sua boca, permitindo que ele solte um grito de dor intensa. Seus olhos estão cheios de lágrimas, e sua boca sangra profusamente.— Por favor, Matteo... — Ele choraminga, com a voz rouca e entrecortada. — Pare, eu imploro...Ignorando suas súplicas, vou até a mesa de ferramentas e pego um "quebra-joelhos", uma ferramenta medieval usada para esmagar as articulações. Posiciono-o em seu joelho direito e começo a girar o parafuso, aplicando uma pressão crescente. O som dos ossos se partindo é acompanhado pelos gritos de Salvatore, que ecoam pelo galpão.— Onde está sua coragem agora, Salvatore? — Pergunto, continuando a aplicar pressão até que seu joelho
Quatro meses depois.Quatro meses se passaram desde aquela noite infernal. A tortura de Salvatore ainda ecoa em minha mente, mas agora meus pensamentos estão voltados para Scarlett e nosso bebê. Ao voltar para casa naquela noite e vê-la dormir tranquilamente, senti que havia feito a coScarlett certa. Desde então, minha vida se concentrou em cuidar dela e do nosso filho.Cada manhã começava com a mesma rotina: ajudá-la a tomar banho, trocar seus curativos e garantir seu conforto. A ferida de Salvatore cicatrizou bem, e ver o brilho voltar aos seus olhos era uma recompensa indescritível. As mãos que antes causavam dor agora ofereciam carinho e conforto.Acompanhava Scarlett em check-ups regulares para assegurar que ela e o bebê estavam bem. Taylor sempre nos dava boas notícias, o que trazia um alívio imenso. Havia deixado as obrigações da máfia
09:20 — Casa do Matteo. — Quarto. — Sedona.Acordo com um pequeno barulho e viro a cabeça para o lado, vendo Scarlett comer o pudim como se a vida dependesse disso. Ri, não conseguindo segurar a risada. Ela se assusta um pouco com o som.— Eu estava com fome. — Diz ela, fazendo um bico adorável. Continuo rindo e me aproximo dela, deitando minha cabeça em seucolo.— Você me faz chegar aqui às cinco da manhã e te encontrodormindo feito um bebê.Ela dá uma risada fraca e se inclina para baixo, beijando meus lábios em um selinho rápido.— Eu te amo. Obrigada por comprar um pudim para mim. Apenas sorrio e beijo a barriga dela com carinho.— Eu também te amo. Temos que nos arrumar para irmos ao hospital.Ela concorda, e eu a olho.— Suas amigas vêm? — Pergunto.
10:40 — Hospital. — Sedona.Chegando ao hospital, Dante estaciona o carro com precisão. Ele desce para abrir a porta, e eu saio primeiro. Com um gesto cuidadoso, seguro a mão de Scarlett, ajudando-a a sair do carro e a se equilibrar.Seguimos para dentro do hospital e caminhamos em direção ao consultório de Taylor.Ao chegarmos à porta do consultório, dou uma pequena batida e a abro sem esperar permissão. Taylor, que está organizando alguns papéis em sua mesa, levanta-se rapidamente e faz uma reverência respeitosa.— Seja bem-vindo, meu senhor. — Diz ele, com formalidade e simpatia evidentes em sua voz.— Estamos aqui para o ultrassom. — Anuncio, minha voz firme, mas carregada de expectativa.Taylor acena com a cabeça, mantendo um sorriso acolhedor.— Por favor, deite-se na maca. — Ele pede sua