A Confissão
Heitor
Encostei o carro na porta do prédio e fiquei apenas olhando para ela. Os cabelos ainda bagunçados da nossa última rodada de prazer no hotel, os lábios vermelhos marcando aquele sorriso preguiçoso e saciado. Ela se inclinou, me deu um beijo quente, daqueles que roubam o ar e deixam a alma desnorteada.
— Isso é um convite pra eu subir? — perguntei, a voz baixa, suja de desejo.
Lívia
Beijei o canto da boca dele e sussurrei:
— Não... é pra você ficar pensando em mim. Hoje eu preciso descansar. Você acabou comigo, me deu uma coça com esse pau gostoso.
Heitor
Soltei uma risada abafada, puxando o lóbulo da orelha dela com os dentes antes de revidar:
— E você, com essa bocetinha maravilhosa, vai me deixar louco.
Nos beijamos com mais intensidade, quase ferozes, sem nos importarmos com o mundo ao redor. Quando ela se afastou, os olhos brilhando e o sorriso de canto, eu soube: estava completamente entregue.
Lívia
Saí do carro com aquele sorrisinho bobo no rosto. E