Estou vivendo um sonho, sonho esse que não quero acordar jamais, James é um príncipe, apesar de parecer mais um vilão malvado, aquele ditato é realmente certo ''quem ver cara... não ver coração'' por onde ele passa olhares o alcançam, muheres, homens, não importa o genêro, James chama atenção não apenas por seu tamanho, ou sua beleza quase surreal, ou seus olhos lindos, imagina se essas pessoas o vissem sorrindo, no entanto, o que realmente chama mais atenção são suas tatuagens, James é coberto por elas.Esse homem acaba comigo quando está vestindo com terno de três peças, camisa enrolada até o cotovelo e alguns botões de sua camisa abertos, minha nossa senhora, chego até me abanar só de pensar.- Se você continuar me olhando assim, vou cancelar esse jantar - sorrio com sua ameaça.Tinha esqucido que estávamos em um restaurante.- Não seria uma má ideia - retruco.James dá um sorrisinho de canto, o que faz minha calcinha inundar, não sei se são os hormônios da gravidez, mas eu quero e
Observo a mulher que revirou minha vida dormir serenamente, Valentina parece um anjo daquelas pinturas renascentista, não sei o que fiz para merecer ela, mas agradeço a quem quer que seja, Deus, o destino, o universo, sei lá, apenas sou muito grato, muito grato, pois ela chegou, chegando, me tirando da zona de conforto, bagunçando tudo, me fazendo repensar na vida.Coisas que jamais quis, passei a ansiar, já havia estabelecido em minha mente, minha linhagem terminaria em mim, não queria casamento ou família, imagina filhos, e olha onde estou agora, velando o sono da pessoa que me tira o sono, a pessoa mais importante da minha vida, que agora está carregando meu mundo em seu ventre, a vida é uma caixinha de surpresa mesmo.A cada dia que passa Valentina me surpreende cada vez mais, pouso minha mão em sua barriga que ja aparece, ela se remexe com o toque abrindo os olhos preguiçosamente e se ja não estava apaixonado, acabei de me apaixonar novamente, Valentina me agracia com um lindo so
Observo James ao telefone, desde que saímos do Brasil, ele não sai desse telefone, entendo sua preocupação.- Quer comer algo filha? - Maria que está sentada ao meu lado pergunta.- Não Maria, obrigada.Ela apenas sorrir e segura minha mão, logo recebemos a notícia que iremos pousar, depois de mais ou menos treze horas de viagem consigo enfim esticar as costas, assim que pousamos me assusto com a quantidade de seguranças que nos aguardam, parece até que estão escoltando algum presidente.- Por que tantos? - sussurro para James?- Sua segurança e do nosso bebê são minha prioridade nesse momento - diz deixando um beijo em minha testa.Apenas assinto, não falo mais nada a respeito, apenas o sigo.- Aqui senhora - um dos seguranças abre a porta de um bentley preto.- Obrigada - digo ao entrar.James entra logo em seguida.- E Maria? - pergunto perceber que o carro está saindo.- Em outro carro amor - explica.- Hum, ok.A viagem dura pouco mais de quarenta minutos, se fiquei boquiaberta c
Desde que nasci sei o que é rejeição, fui abandonado ainda preso a placenta, jogado em uma caixa como se fosse um bicho morto, por pouco não conheci a morte, um segurança que passava pela rua deserta onde me encontrava ouviu meu lamento baixinho, a principio o homem ficou assustado, porém logo agiu me enrolando em sua blusa, fui levado para um hospital meu estado não era dos melhores, virei notícia nacional, ''Homem encontra bebê ainda preso a placenta dentro de uma caixa'' depois da alta fui entregue para o estado, passei por vários orfanatos até por fim ser adotado aos 6 anos pelos Collins, um casal americano que veio em busca de uma criança no Brasil.Antes da adoção passei por muitos maltratos mesmo sendo muito pequeno, aprendi a me defender na raça, sei o que é dormir com fome e frio. Minha vida se transformou com a chegada de Louis e Mary Collins, tive dificuldade em confiar, para mim eles iriam fazer o mesmo que os outros faziam, demorou muito para que baixasse a guarda e os de
Estou quase fritando debaixo desse sol escaldante, hoje o sol nascecu com ódio, limpo o suor da testa e continuo com a lida, trabalhar na roça não é pra qualquer um não, no meu caso é a única opção que tenho, pelo menos por enquanto, pois estou juntando dinheiro para tentar a vida na cidade grande, ainda não tenho o suficiente, mas logo terei, já são quatro anos trabalhando de sol a sol desde que me formei no ensino médio.Não gosto nem um pouco do patrão, percebo o jeito que me olha, até a esposa dele já percebeu, e graças a Deus ela não me culpa pela falta de caráter do marido, falando no diabo.- Princesa - o velho barrigudo diz ao se aproximar, reviro os olhos.- Acho que o senhor me confundiu - digo seca.- Tenho algo para você - ignora o que acabei de dizer e retira um pacote do bolso, não dou confiança e continuo o que estou fazendo - aqui tem milzinho, é seu se me deixa apenas sentir o cheiro do seu mel.Fico totalmente perplexa com o que acabei de ouvir, realmente não acredit
Apenas com uma mochila nas costa e um sonho sigo para a rodoviária, no caminho decido pegar um ônibus para São Paulo, pesquiso por pensões e acho uma que julgo ser boa e segura, a viagem será longa e terei tempo para pensar o que fazer da minha vida.É nessas horas que penso nos meus pais, quem são eles? será que ainda estão vivos? por que eles me abandonaram? são tantas perguntas que possívelmente nunca saberei a resposta. Costumo falar que sou filha de chocadeira, por conta desse detalhe. Bom, mas a males que vem para o bem, se meus genitores não tivessem me abandonado quando criança não teria conhecido Juliete a mulher me criou, ela sim foi uma mãe de verdade, foi uma pena ela ter me deixado tão cedo.Juliete morreu aos 45 anos devido a um câncer de mama, por muitos anos lutamos contra, porém ele venceu, minha mãe se foi quando havia acabo de completar 18 anos, erámos apenas nós duas, foi uma época muito dificil, não tínhamos muitas condições e esperar pelo governo era ainda mais d
DOIS MESES DEPOISToda animação de quando cheguei a cidade grande, se foi. Não imaginava que poderia ser tão dificil arrumar um emprego, mesmo com a Carol me ajudando, ainda assim o negócio tá osso, ter apenas o ensino médio não está ajudando, Carol me disse pra fazer algum curso profissionalizante, iria ajudar muito no meu curriculo, e é isso que estou fazendo nesse exato momento.Saio do cursinho de cara no chão com os preços, está totalmente fora dos meus reursos pagar uma mensalidade de quase quinhentos reais e por doze meses ainda por cima, e fora que ainda preciso pagar setecentos reais do quarto e me manter.Me sinto totalmente desanimada, volto para a pensão triste, ao chegar encontro uma Carol super feliz.]- Amigaaaaa - grita assim que passo pelo portão - você não vai acreditar, que cara é essa, sorria - diz me abraçando - senta - pede - hoje uma amiga da minha mãe ligou, e pediu uma indicação e ela indicou você - diz empolgada.- Sério - levanto-me mais que depressa.- Séri
Assim que passo pela porta sou abordado por Maria.- Senhor, a moça já foi contratada, aqui está o curriculo dela - entrega-me um papel, nem me dou ao trabalho de olhar.- Tudo bem Maria - digo ao devolver o papel a ela - só peça que fique fora do meu caminho - digo.- Sim, claro.- Vou só tomar um banho e já desço para o jantar.- Sim.Subo para meu quarto e já percebo algo diferente, a arrumação está diferente, não dou muita bola para isso, e sigo para o banheiro, levo um susto quando abro a porta e vejo uma bunda perfeitamente redonda de quatro praticamente dentro do armário de toalhas, preciso afrouxar a graveta com a visão.A moça ainda me percebeu minha presença, preciso pigarrear para que ela ouça.- Ai - diz ao bater a cabeça na porta, devido ao susto - caraca.Levanta devagar com a mão na cabeça, só então me ver e se assusta ainda mais.- Desculpe senhor - diz e abaixa a cabeça.Passa por mim mais que depressa e acaba escorregando no tapete - sem querer acabo sorrindo.- Ai j