Meu coração bate tão forte dentro da caixa torácica que tenho a leve impressão de que vá se romper a qualquer momento, não pisco, sequer respiro, o ar se torna escasso, olhos frios me encaram, até engolir em seco se torna difícil.
Não sei bem o que dizer, então permaneço em silêncio, volto a deitar-me.
- Valentina - sinto um arrepeio na espinha ao ao ouvir a voz grossa e autoritária, não o respondo, apenas viro-me de costa para ele.
Ouço passos se aproximando, a cadeira se arrasta e ouço se sentar, uma respiração forte é ouvida.
- Você ao menos pretendia me contar? - pergunta calmamente.
- Sim - respondo e outra respiração forte seguido de um silêncio sepucral.
Passamos a tarde inteira assim, em algum momento volto a dormir, acordo com Livia me chamando.
- Tina, acorda você precisa comer, meu sobrinho precisa comer - assim que termina a frase abro meus olhos levando aos mãos a barriga - vamos bela adormecida.
- Onde ele estar? - pergunto olhando ao redor.
- Não sei, apenas pediu para