A controvérsia da Sorte

O corpo tremeu e os olhos não acreditaram no que estavam vendo. Restava uma flecha, o único problema era onde estava e como faria para tira-la. Como um rato em busca de comida Endrelina se aproximou, o gelo ruía feito vidro quebradiço embaixo dos seus pés, um sorriso tenso desenhava o rosto enquanto rugas delineavam a testa e tingiam as sobrancelhas, curvas, de inquietação. Havia algo de gostoso na tensão que vergava os lábios feito um arco, no perigo e claramente no risco de ser pega. Talvez não fosse isso mais não podia negar que gostava daquilo, da sensação e de como a fazia lembrar da infância, de quando fugia de noite pra ir, voltar, as festas, de roubar pêssegos no pomar do senhor Keller e de tentar domar os cavalos selvagens.

Era estranho vê-lo dormindo tão inofensivo quando qualquer criança, parecia outro e não Orion, quase, frágil e dócil. Essas duas características pareciam tão estranhas a ele que hesitou em se agachar e em resgatar a flecha.

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