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Enquanto andava a pergunta dele ainda repercutia em sua cabeça, a concentrando de tal maneira que não percebia o que acontecia em sua volta, mais uma vez estava perdida em um fluxo constante de idéias, onde andar se tornava automático. As pessoas não passavam de um plano de fundo de uma paisagem caótica, as vendas improvisadas nas praças eram as nuvens dispersas, que rapidamente mudavam de forma e os prédios e casas se condensavam em uma cadeia de montanhas inconstantes. Tudo que Endy tinha na mente era a pequena indagação que, a punha em cheque e, permanecia sem uma resposta. 

"Qual o seu sonho?"

Não importava a quantidade de vezes que se perguntava ela nunca tinha uma resposta satisfatória, ou um objetivo tão ardente em seu peito que a impulsionasse a tentar varias e varias vezes. Tudo que tinha eram talentos, assim como para magia, não precisava de horas de estudos, fazer movimentos ou manter falas constantes, era simples e não precisava de esforço, só realizar o

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