Emanuele
Meu peito está comprimido, parece que alguém pegou meu coração e o apertou até não conseguir mais. O ar falta e tudo em mim dói ferozmente. O amor dói, machuca e eu, definitivamente, não quero mais sentir isso.
— Manu?! — A voz de Caroline e Paola ressoa pelo apartamento, agora escuro. Eu não notei que havia escurecido.
Minha amiga acende a luz e fecho os olhos com a claridade repentina, estou encolhida no mesmo lugar.
— Meu Deus, amiga, o que aconteceu? — Caroline joga suas coisas no chão e se ajoelha ao meu lado.
— Manu, fala com a gente, por favor — sinto as mãos de Paola também e apenas olho para ambas.
Me atiro em seus braços.
Elas apenas me deixam chorar e não faço ideia do tempo que leva. Deduzo que bastante, meu corpo treme, me sinto muito vulnerável. Como pode alguém apenas dizer que vai embora e causar tanta dor assim? Mesmo conhecendo há menos de um mês, por que dói tanto? Não deveria doer, não deveria!
Paola prepara um chá, confesso que detesto, só tenho em