A informação chegou discretamente, como sempre.
Clara entregou o dossiĂȘ sem dizer palavra. Um envelope preto, selado com cera dourada â o tipo de sigilo que sĂł Ă© aberto quando nĂŁo hĂĄ mais volta.
Melina estava sentada na sala de guerra, acompanhada apenas pela Mamba. O som ambiente era o de uma metrĂłpole respirando fundo antes de uma explosĂŁo.
Ela abriu o envelope.
Ali estavam nomes, nĂșmeros, fotos e dados bancĂĄrios.
Aline Tavares Duarte.
A queridinha da mĂdia. A âconsultora internacional de direitos humanosâ que acompanhava Miguel em eventos polĂticos, bancava discursos feministas em colunas de revista e sorria ao lado de ministros como quem nĂŁo sabia o preço do que vestia.
Mas agora, os documentos diziam o contrĂĄrio.
Aline havia recebido transferĂȘncias de trĂȘs empresas de fachada ligadas ao cartel polĂtico-econĂŽmico de Miguel.
Participava da manipulação de licitaçÔes pĂșblicas.
E assinara documentos que mascaravam envio de dinheiro para fora do paĂs â tudo com data, local e IP confirm