NĂŁo houve aviso.
NĂŁo houve sinal.A explosĂŁo aconteceu Ă s 05h47 da manhĂŁ, no coração da sede da HEM em Recife.Primeiro, o teto. Depois, o chĂŁo. Os arquivos em papel, os backups, os sorrisos das funcionĂĄrias da recepção â tudo virou poeira, grito e fogo.A fumaça subiu rĂĄpido, mas a dor se espalhou mais ainda.Em SĂŁo Paulo, Ă s 06h03, o celular de Melina vibrava sem parar. Clara entrou na cobertura sem pedir permissĂŁo, os olhos arregalados.â Recife. A sede. AlguĂ©m plantou um artefato no segundo andar. Foi⊠â ela travou.Melina jĂĄ estava de pĂ©. Cabelo preso. RoupĂŁo fechado atĂ© o pescoço. ImĂłvel.â Mortes? â perguntou.â TrĂȘs atĂ© agora. Duas funcionĂĄrias e... â Clara engoliu em seco â e Kauan.O mundo parou.Por dois segundos, o corpo de Melina nĂŁo respondeu. Depois ela piscou. Caminhou atĂ© o celular, ligou para Nayara.â Me diga o nome do hospital. Agora.