Amanda fechou o notebook com força. O barulho seco ressoou pelo ambiente silencioso de seu apartamento luxuoso no centro da cidade. As paredes envidraçadas refletiam o pôr do sol tingido de vermelho, como se o céu também ardesse em cólera. Seus dedos tremiam levemente, mas não era medo. Era raiva. Uma fúria contida, prestes a explodir.
— Então... você foi até ela — sussurrou para si mesma, os olhos fixos no reflexo da própria imagem no vidro. — Achou mesmo que poderia se enfiar nesse jogo sem que eu percebesse?
Ela levantou-se devagar, com os pés descalços cruzando o piso de mármore frio. O telefone vibrou. Era a confirmação: Melina havia encontrado Lúcia. Amanda apertou os olhos por um instante, como quem recobra o controle das emoç&