A palavra ainda dançava na mente de Melina enquanto a noite se arrastava, silenciosa e tensa. “Rosário.” Uma palavra carregada de ecos antigos, de feridas escondidas sob camadas de silêncio e manipulação. Ela digitou o nome no Google. Nada relevante. Nenhuma manchete. Nenhuma pista. Mas algo em seu estômago dizia: havia um segredo ali. Algo grande. Algo que Amanda jamais permitiria que fosse exposto.
Kauan se aproximou com duas xícaras de café. Seus olhos estavam cansados, mas atentos.
— Nada?
— Só registros genéricos. Algumas Rosários, nenhuma relacionada à Amanda. Mas eu me lembro. Quando estudávamos juntas, ela odiava falar da mãe. Dizia que ela sumiu. Que a abandonou com o pai e nunca mais voltou. Eu achava que era dor. Agora acho que era vergonha.
— Vergonha... ou culpa?
Melina o olhou. A frase ecoou entre eles.