Enquanto isso, no quarto de Liz, Aurora começou a choramingar.
— Mamãe Liz, você vai me deixar também? Igual à mamãe Carla?! Eu vou chorar muito mamãe Liz! Não vai para o céu, por favor! Eu sou boazinha! Por que eu tenho que perder minha mamãe de novo?
Liz enxugou suas lágrimas, ela lembrou de sua infância, quando não entendia a morte de seus pais, assim como Aurora. Pensou que talvez a criança estava sentindo o mesmo que ela sentiu, medo de ser deixada novamente e não poder fazer nada para reverter, a vulnerabilidade de ser só uma criança que perdeu as pessoas que a protegia.
Ela abraçou Aurora e beijou sua cabecinha, dizendo:
— Filha, você lembra o que a mamãe te disse no orfanato? Eu disse que nunca abandonaria você. Minha promessa é para sempre.
Aurora levantou o olhar e olhou no rosto de Liz, que acariciou seus cabelos e sorriu entre as lágrimas.
— Aurora, eu te amo muito, muito mesmo! Eu quero que se lembre sempre disso, tá? — Aurora acenou em positivo e Liz continuou
— Eu ped