Não se sabe quanto tempo se passou. Naquele momento em que Sarah levantou a cabeça e olhou para o relógio na sala de estar, já passava da meia-noite. Já era o dia seguinte. Ela se virou para olhar para Álvaro, que estava sentado ao seu lado em silêncio, simplesmente lá. Seu rosto ainda mostrava as marcas inchadas e roxas dos socos de Roberto, parecendo feroz e intimidador.
- Você quer ir ao hospital? - Perguntou Sarah.
Álvaro hesitou por um momento, percebendo lentamente que Sarah estava se referindo aos ferimentos em seu rosto.
- Não é necessário. Vai desaparecer em alguns dias.
- Obrigada. - Agradeceu Sarah, mais uma vez.
Álvaro estava prestes a falar, com os lábios levemente cerrados, quando Sarah continuou:
- Não sei como posso retribuir a você.
- Não precisa.
- Mas, por minha causa, você e o Roberto brigaram.
- Não se preocupe. É apenas o calor do momento. Nossa relação não é tão frágil assim.
- É verdade. O que eu poderia fazer para retribuir? - Sarah continuou, falando consigo m