Atividade no bagulho irmão.
Rael desceu do carro com o semblante fechado. Os olhos atentos varriam a viela à sua frente enquanto ele seguia em direção à boca, onde alguns dos soldados já o esperavam. Usava uma camisa preta básica, corrente dourada no pescoço, e os tênis limpos contrastavam com o chão sujo da favela. Todo mundo sabia: quando Rael aparecia, era pra resolver. E naquela manhã, ele não tava ali só pra dar bom dia.
— Cadê o Moleque? — perguntou seco, olhando pro menor que segurava uma sacola com dinheiro miúdo.
— Tá ali, chefe, na contenção da 14 — respondeu um dos garotos, apontando discretamente com a cabeça.
Rael nem respondeu. Só seguiu. No caminho, cumprimentava os parceiros com um aceno de cabeça, mas não sorria. Desde que DV botou ele como gerente geral, o peso da responsa tava sempre no ombro. Era olho em tudo e todos, especialmente agora que o Treloso tava ameaçando invadir.
Chegando na contenção, viu o Moleque com a cara enfiada no celular, distraído.
— Ô, menor... — Rael chamou, firme. — Tu