Pov- Maria.

Maria - Eu ainda estava pensando em tudo o que havia acontecido comigo quando eu tive que voltar até o quarto para ver como Cecília estava dormindo, tive tempo apenas para comer alguma coisa antes de tomar um banho e trocar de roupa mas assim que podia perceber que tinha alguma coisa de errado a primeira coisa que eu fiz foi me trocar de novo quase correndo para fora do quarto e indo para onde ficava o berço e tive que comprar e pedir para que pudesse montar mais rápido que podia. Eu sei que tudo que estava acontecendo naquele momento era uma forma Clara de conseguir mais dinheiro para cuidar dele Cecília, tenho certeza absoluta de que tudo que eu estou fazendo é o melhor para ela e ainda assim mesmo eu tendo dito que eu não iria voltar para aquele mundo corporativo, é a melhor forma melhor ter certeza absoluta de que ela estaria comigo o tempo todo e como Heitor fez o possível para que eu pudesse voltar para a empresa era melhor que eu pudesse ficar de olho em tudo que ele podia fazer.

A preocupação tomou conta de mim quando Cecília começou a ter febre durante a noite. Eu não conseguia dormir, observando atentamente cada movimento da minha pequena sobrinha. Preocupada com seu bem-estar, decidi levá-la ao hospital na manhã seguinte para uma consulta com o médico. Claro que eu estava preocupada com tudo que podia acontecer com ela e muito mais medo do que alguém podia fazer então a única coisa que eu tinha agora no momento era ter certeza de que ela estava bem, Cecília era tudo que eu tinha e eu não queria ter nada de ruim pudesse acontecer com ela e o simples fato de que fazia com que ela pudesse sentir dor já me deixava assustada e com medo. Claro que eu tinha muito medo como que podia acontecer com ela e agora mais do que todos eu iria cuidar muito bem da minha sobrinha e ter certeza de que ela não vai ter nenhum tipo de sofrimento, Claro que eu sei que é doloroso e muito preocupante cuidar de uma criança mas eu não vou deixar isso simplesmente acabar assim.

Ao chegarmos na sala de espera do hospital, segurando Cecília nos braços, meu coração quase parou quando vi Heitor Fox se aproximar. Eu não conseguia acreditar que ele estava ali novamente, como se tivesse algum direito sobre nós. Como é que ele fazia alguma ideia de onde eu estava? Não tinha contado para ninguém que havia acontecido com Cecília Então como ele chegou no hospital bem mais rápido do que eu? Mas ainda assim a primeira coisa que ele fez foi se aproximou eu mais rápido que podia quase como se eu fosse um furacão ou como se ele realmente fazia alguma parte da minha família o que era um pouco estranho, não estava acostumada de alguma forma que ele estava perto de mim então o que estava passando pela cabeça desse homem? Eu ainda estava olhando para o seu rosto incrédulo quando ele se aproximou de mim realmente estava parecendo que estava com uma preocupação genuína embora fosse um pouco difícil para mim acreditar que ele estivesse fazendo uma coisa dessas. Porque esse homem estava fazendo uma coisa dessas? Eu ainda não faço a menor ideia do meu tio mas eu tenho que ter certeza absoluta de que tudo isso deve ter um bom motivo para ele me explicar.

Maria - Heitor, o que você está fazendo aqui? – perguntei, com a voz trêmula e ainda um pouco surpresa. Ele não saia da empresa tão cedo assim para nada, nesse momento ele poderia estar trabalhando que nem um louco digitando freneticamente no computador como ele sempre fazia na maior parte do tempo, então o que será que a sua mãe estava fazendo aqui? Não fazia ideia então ele apenas se apaixonando para mim como se fosse a coisa mais normal do mundo. Eu não podia acreditar e no motivo desse homem estar aqui, então eu apenas fiquei olhando para ele esperando que pudesse me responder pelo menos o que ele estava fazendo no hospital nesse momento quando eu vim aqui para cuidar dos assuntos da minha sobrinha e também de assuntos pessoais.

Heitor respondeu com um sorriso confiante enquanto cumprimentava o médico que estava prestes a nos atender. Não fazia a menor ideia do que está se passando pela cabeça dele mas começou a ficar perto de nós quase como se também fizesse parte da família, eu ainda estava olhando para ele de uma forma esquisita quando o médico se aproximou e claramente a gente não percebeu porque veio com um sorriso tranquilo nos lábios como se isso fosse a coisa mais normal do mundo. Apenas estava fazendo de tudo para que eu posso ficar irritada porque não é possível que esse homem esteja fazendo tudo isso porque ele gosta de mim, Heitor era o tipo de homem que não gostava de ninguém e eu tinha certeza absoluta de que ele não era capaz de gostar de mais ninguém na vida então tudo que eu posso fazer é apenas olhar para os seus olhos antes de ficar com raiva enquanto segurava a minha sobrinha com um pouco de ansiedade porque eu queria saber o que estava acontecendo.

Heitor - Maria Clara, eu fiquei preocupado quando soube que Cecília estava doente. Quis me certificar de que ela está bem. – ele disse, sua voz segura de si. Mas ainda assim ele não havia me respondido que estava acontecendo e como ele havia descoberto que eu estava no hospital porém acabei deixando isso de lado a maior parte do tempo porque ele não iria ajudar o médico ou então tudo que eu fiz foi olhar para o doutor esperando que ele pudesse me dar uma notícia sobre o que estava acontecendo com Cecília. Ele realmente parecia estar com genuína preocupação então tudo que eu pude fazer foi olhar para minha criança que estava dormindo tranquilamente como se ela fosse um anjo , eu não faço a menor ideia do motivo dele estar aqui mas pelo menos eu vou ter a grande certeza absoluta de que não estarei sozinha e se Daniel aparecer, pelo menos eu vou ter alguns homens ao meu lado contando com o médico e também com os seguranças do hospital.

Eu olhei para ele com desconfiança, sem entender como ele poderia estar tão envolvido na nossa vida, especialmente em um momento tão sensível como aquele. Antes que eu pudesse responder, o médico nos chamou para a consulta. Porém Heitor veio mais rápido do que eu basicamente para tentar falar com o médico o que era um pouco estranho então eu tive que quase bater o pé no chão para que Ele pudesse olhar para mim ou sair da minha frente para que eu pudesse entrar dentro da sala do consultório do médico para que Ele pudesse olhar para minha menina. Ele realmente parecia preocupado com ela e eu realmente não estava gostando dela.

Durante a consulta, o médico conversava com Heitor de uma maneira que me deixou perplexa. Parecia que eles se conheciam profundamente. O médico se referiu a Heitor como o pai de Cecília e como meu marido, o que me deixou completamente confusa. Heitor não falava nada a não ser confirmar com a cabeça enquanto eu estava respondendo para o médico sobre algumas coisas sobre o que poderia acontecer com Cecília e eu ainda estava mais perdida que cega em tiroteio tentando entender o que está acontecendo no meio desses dois.

Maria - Heitor, o que está acontecendo aqui? Por que o médico está falando de você como se... como se você fosse o pai de Cecília?– perguntei, minha voz repleta de confusão. Eu queria que ele pudesse me responder tudo que ele fez foi apenas responder fundo antes de olhar para o médico de novo esperando que ele pudesse me dar mais algumas provas do que poderia fazer para ajudar a Cecília.

Heitor desviou o olhar por um momento, antes de me responder com suavidade.

Heitor - Eu queria te contar, Maria Clara. Até pouco tempo atrás, eu não tinha certeza sobre meus sentimentos em relação a você. Mas agora... agora eu tenho certeza de que quero estar ao lado de vocês, de a ser uma família. Eu sei que pode parecer repentino, mas a vida é curta e precisamos seguir nossos corações. – ele explicou, sua voz repleta de sinceridade. Mas ainda assim a sua voz trazia uma entonação de possessividade fazendo com que eu pudesse olhar para ele ainda sem saber o que responder, não fazia a menor ideia sobre o que ele queria dizer com isso até porque esse homem não tinha coração, pelo menos quando estava trabalhando com ele na empresa, tinha certeza absoluta de que ele não tinha nenhum tipo de coração dentro do peito. - eu quero ficar com você como Cecília como se fosse minha filha, eu sei que você não vai gostar dessa ideia mas eu não me importo com isso também, contanto que eu posso ficar perto de você e não vou desistir.

Eu fiquei sem palavras, processando tudo o que Heitor havia acabado de dizer. Era difícil acreditar que alguém poderia mudar tão drasticamente, mas eu também sabia que o amor pode nos surpreender de maneiras inimagináveis. Porém meu coração bateu acelerado nesse momento mas ainda assim a minha consciência estava insistindo e gritar para mim que esse homem era obcecado por mim desde o começo mas estava fingindo o máximo que podia para não demonstrar, porém tinha alguma coisa de errado com esse homem, ele estava obcecado por mim mas ainda assim eu olhava desconfiada para ele, parecia que cada palavra, cada frase que dizia era calculada apenas para que Ele pudesse me dizer.

Maria - Heitor, eu não sei o que dizer. Nossa relação sempre foi turbulenta, e eu não estou pronta para tomar uma decisão tão importante assim. Cecília é minha prioridade e preciso garantir que ela esteja bem. – eu respondi, minha voz refletindo minhas dúvidas e incertezas. Depois de tudo que eu tinha passado nas mãos desse homem na empresa era difícil comparecer acreditar na palavra dele mas tudo que ele fez foi apenas levantar uma sobrancelha antes de olhar para o médico de novo esperando que o médico pudesse dar a resposta do que estava acontecendo com Cecília.

Heitor - então doutor? O que está acontecendo com a pequena e por que ela está chorando?- ele cruzou os braços e olhou para o médico esperando que este pudesse responder as perguntas que ele estava fazendo sobre Cecília eu ainda estava tentando fazer com que ele pudesse prestar atenção em mim mas era quase como se estivesse brincando com aquele homem, ele realmente não se importava então tudo que eu fiz foi apenas revirar os meus olhos e esperar que o médico pudesse responder até porque também era as perguntas que eu queria fazer.

Médico - ela é um bebê recém-nascido e está sentindo falta do leite materno, então ela está ficando com um pouco de febre, isso é normal nessa altura do campeonato então eu vou receitar os seus medicamentos para que ela possa tomar e pode ter certeza que vai estar melhor antes mesmo de anoitecer - tudo que eu pude fazer foi afirmar com a cabeça tentando entender o que estava acontecendo, Claro que eu não gostei nem um pouco do que estava acontecendo mas ainda assim a primeira coisa que eu podia fazer era pensar um pouco sobre o que podia fazer a partir de agora. - pode continuar dando o leite normalmente para criança e posso ver que ela está bem gordinha então está crescendo com força, se tudo está bem então ela vai se recuperar bem rápido.

Maria - muito obrigada pelo que o senhor fez por ela - mas não demorou muito para que Heitor pudesse tomar Cecília dos meus braços e colocar ela em cima da cama hospitalar para que o médico pudesse examinar, Claro que eu não gostei nem um pouco disso mas eu olhei para os olhos dele como se fosse meu pior inimigo e tudo que fez foi apenas melhor daquele jeito, se aproximou de mim e ficou tão perto que eu tenho certeza absoluta porque se ele falar, eu vou sentir o cheiro mentolado dos seus lábios.

Heitor assentiu compreensivamente, sabendo que eu precisava de tempo para processar tudo o que estava acontecendo. Ele acariciou suavemente o rosto de Cecília antes de sair da sala, nos deixando a sós para a consulta. Desse jeito eu olhei a última vez para o caminhão de leve ido embora e pela primeira vez eu tinha certeza absoluta de que tinha alguma coisa acontecendo com esse homem, ele estava agindo de um jeito completamente diferente de tudo que ele havia agido quando eu estava perto dele durante todos esses quatro anos dentro da empresa Fox.

Enquanto o médico examinava Cecília, minha mente estava cheia de pensamentos conflitantes. Eu mal conseguia acreditar em todas as reviravoltas que minha vida estava tomando. Eu sabia que precisava tomar decisões importantes, tanto em relação a Cecília quanto em relação a Heitor. Muitas coisas para pensar sobre Daniel, tinha certeza absoluta de que ele era capaz de fazer qualquer coisa com a minha sobrinha se ele descobrir que ela está comigo, claro que eu vou ter que pedir ajuda para a polícia como eu sempre estou fazendo para ter certeza que ele não vai tentar levar ela de mim e agora Heitor vem com esse papo de que quer ficar comigo e com a minha sobrinha, tinha muita coisa em jogo e eu não podia perder meu tempo ficando com aquele cara apenas porque ele queria , eu sabia da fama de galinha que ele tinha e não queria ter que me envolver com isso.

A partir daquele momento, eu teria que encontrar a força dentro de mim para enfrentar as escolhas e enfrentar as consequências delas. Minha prioridade era a saúde e o bem-estar de Cecília, mas também precisava resolver meus próprios sentimentos em relação a Heitor. A vida tinha caminhos misteriosos, e, de alguma forma, tudo parecia estar se unindo em uma história que ainda estava sendo escrita. Embora ainda fosse um pouco difícil para mim com tudo que estava acontecendo e também como desaparecimento de Daniel Bittencourt, eu tinha medo dele aparecer a qualquer momento e tentar levar Cecília de mim, eu não podia permitir isso acontecer.

Olhei para o médico uma última vez antes de pegar Cecília no colo, depois de quase 2 horas que a febre foi abaixar o que foi bom e só então eu pude descansar, voltei para casa e pude comer alguma coisa enquanto ela estava dormindo na minha cama só para que eu pudesse ficar de olho eu tenho certeza de que a febre não iria voltar porém, a cada segundo que passava e que eu olhava para ela, me lembrava das palavras de Heitor claro que tinha alguma coisa acontecendo com ele e eu iria descobrir o que era...