O carro deslizou suavemente pela alameda que levava até a grande casa dos Willians. O portão de ferro se abriu com um som familiar, mas que agora parecia anunciar algo novo. Ana observava tudo pela janela do carro, os dedos entrelaçados com os de Théo. Ela estava exausta, mas havia algo em seu peito — um calor estranho, reconfortante, quase bom.
Théo saiu primeiro, contornou o carro e abriu a porta para ela. Com delicadeza, ajudou Ana a descer. Seu olhar não se desviava dela, como se cada gesto fosse uma promessa silenciosa.
— Estamos em casa — disse ele, com um sorriso sereno.
Ana assentiu, sem forças para responder, mas retribuindo com um olhar suave. Seus olhos encontraram os de Théo e, por um instante, o mundo pareceu em silêncio.
Na porta, Dona Maria e Bárbara já as aguardavam. A cozinheira usava o avental florido, e seus olhos se enchiam de lágrimas ao ver Ana de volta. Bárbara mantinha a postura firme de governanta, mas o sorriso largo denunciava sua felicidade.
— Minha menina.