Ester estava largada do sofá e bebia a sua quinta dose de Bourbon. Barbara já havia chorado bastante e se perguntado o que fazer e qual decisão tomar. Porém, achava injusto tomar qualquer posicionamento sobre a sua gravidez sem antes falar com a outra parte envolvida. No quarto, pegou o celular azul. Buscou pelo único número salvo e ligou. Embora ainda achasse que as paredes na sua casa tivessem ouvidos, precisa falar com Matheus e ouvir a voz dele.
— Te mandei várias mensagens, mas você não viu nenhuma delas — disse ele ao atender.
— Me desculpe. — A voz dela saiu baixa.
Ele estranhou. Do outro lado, Matheus franziu o cenho e sentiu uma leve preocupação.
— Tá tudo bem?
— Eu preciso te ver.
— É só dizer quando e onde.
— Pode ir até o Copacabana Palace, em uma hora?
— Posso, é claro.
— Diz que me ama. Preciso muito ouvir isso agora. — Fechou os olhos, sentindo mais lágrimas descerem.
— Eu te amo, Barbara. Como todo o meu coração. — Ele sempre era muito firme quando dizia isso. Barbara