— Tá tudo bem.
— Deu tudo certo?
— Sim.
— Está tudo bem mesmo?
— Tá.
— Por que palavras tão curtas, Matheus? A sua voz... não sinto que está tudo bem. Está falando baixinho.
— Eu tô bem. Deu tudo certo graças a você. Obrigado mais uma vez.
— Eu fui intimada para jantar com os meus pais essa noite. Devo chegar tarde, mas... quer ir dormir comigo?
Ele ficou em silêncio.
— Não. Eu preciso de um tempo. Uns dias.
O corpo dela ficou rígido de tensão.
— O quê? Por quê?
Ele precisava de uns dias? Para quê? Barbara já se perguntava se ele ia deixá-la outra vez.
— Nada. Eu só preciso pôr as coisas em ordem por aqui.
— Matheus... Está me deixando muito ansiosa. Está me escondendo algo, eu sinto. O que aconteceu? Foi eu dizer que amo você? Aconteceu algo na entrega do dinheiro? — A sua voz saiu baixa e amargurada. Matheus conseguiu sentir a aflição dela.
— Não é isso. E já disse, deu tudo certo. Só me dê uns dias, tá?
Um nó se formou na garganta dela.
— Não está me deixando outra vez, não é? Está