Barbara passou pela porta e atravessou o corredor até a cozinha dos empregados. Ao entrar, todos ali se colocaram de pé e um silêncio mórbido reinou no espaço.
— Barbara... Que bom te ver — disse Cátia, a governanta. Ela estava há anos na família, basicamente viveu para os Falcão desde a adolescência quando foi empregada por eles. Quando a família se mudou, ela desejou ir junto.
— Bom te ver também. A minha mãe quer um vinho. Pode servir? Acho que ela deve estar na sala de estar.
— Mas é claro. — Cátia seguiu para adega.
Barbara encarou a mulher que estava com o seu pai.
— Quem é você? Ainda não a conheço.
— Maiara, senhorita Falcão. Estou na casa há duas semanas.
— Uau! Duas semanas? — Maiara assentiu. — E já conquistou o coração do meu pai. — Forçou uma pequena risada.
Os outros membros da equipe de empregados olharam para Maiara, que abaixou a cabeça, constrangida.
— O que ela está dizendo? — perguntou outra funcionária. Marta era o seu nome. Ela trabalhava há uns cinco anos na cas