Matheus viu de longe uma mulher alta e de longos cabelos loiros. Foi inevitável não pensar em Barbara. Por um segundo, quando os olhos bateram naquela figura, o seu coração chegou a acelerar mais do que já estava, mas logo pensou que seria impossível. Ele estava em um hospital público, onde era preciso chegar morto ou quase isso, para ser atendido. E ela era uma mulher rica, tinha acesso ao melhor da saúde. Então ele ouviu a sua voz. Olhou novamente para ela e aproximou-se, desacreditado, porém, com vontade de saber se Barbara estava tão perto assim. Ele sentia saudade, muita saudade.
— Barbara?! — chamou-a, incerto.
Ela olhou-lhe por cima do ombro. Era ela! Ele quis sorrir de felicidade em vê-la, mas não fez.
— Matheus — sussurrou o seu nome. Ele sentiu que era como se doesse pronunciá-lo.
— O que faz aqui? Está tudo bem? — Olhou para sua avó.
— É o meu avô. Ele passou mal, desmaiou. Foi de repente. Estão com ele lá dentro. — Barbara olhou em direção à porta por onde o levaram. — E v