— Nada. Vim chamar o meu pai.
— Não seja intrometida! — O tom dela era firme e rude.
— Não estou sendo intrometida. — Passou pela mãe indo em direção aos degraus.
— Aonde vai?
— Vou subir.
— De jeito nenhum! — Pegou-a pelo braço. — Você vai voltar e fazer companhia ao Edgar.
— Não fui eu quem convidou ele. — Livrou-se do aperto.
— Não interessa! O seu pai e o pai dele tem intenção de um noivado entre vocês.
— Convenhamos, o seu marido tem alguém ideal para ser meu noivo a cada temporada. Edgar não vai durar muito, já estamos quase em janeiro.
— Volte para festa!
— Algum problema? — perguntou Carlos.
— Tantos, que eu ficaria uma noite inteira listando — disse Barbara.
Respirando fundo a sua frustração, passou por eles, retornando para sala de estar.
— Tentou fugir? — perguntou Edgar.
— Sempre.
— Posso fugir com você. — Ele tinha um sorriso travesso que, sem saber o motivo, Barbara sentiu-se irritada com aquilo.
— Mas nem pela melhor aventura, Edgar. Não força a barra dessa amizade — fe