Matheus desviou o olhar e engoliu em seco. O que dizer?, se perguntou.
— Tava trabalhando.
— Com o que trabalha? — perguntou, séria.
Olhou-a, nervoso.
— A gente num tem que falar disso agora. — Apanhou uma mecha do cabelo dela e o colocou atrás da orelha.
Barbara sentiu que ele estava nervoso. Sem querer julgar, mas já fazendo isso, ela temia que Matheus fosse um homem envolvido com o crime. Afinal, ele morava em uma comunidade comandada por criminosos. E não que todos que morassem ali fossem pessoas que mexiam com o errado, mas ele tinha uma moto que devia custar mais de cem mil. E pela casa em que vivia, ela entendia que ele não tinha condições para aquilo. Por um momento, se perguntou se ele poderia ter algo a ver com aquela festa regada de cocaína. Ele disse estar trabalhando lá. Será que poderia representar perigo para ela?
— Você está bem? — Tocou o rosto dela com carícias.
— Tudo bem. Podemos falar sobre isso depois.
Respirando fundo, chegou mais perto dele e segur