De volta na van, eles seguiram para o morro, sempre atentos à polícia. No caminho, Matheus conseguiu soltar o tornozelo de Barbara, com a ajuda de um alicate de pressão que tinha ali dentro do carro. Quando chegaram, Bodão deixou Matheus e Barbara em casa. Assim que passaram a porta, eles se encararam por um minuto, em silêncio, e depois se abraçaram. Ambos choraram, exaustos.
— Desculpe se demorei pra buscar você — ele sussurrou no seu ouvido.
Barbara passou os braços em volta do pescoço dele e o beijou.
— Você chegou na hora certa.
— Aí, meu Deus! — gritou Gabriela, ao entrar na sala e os ver ali. Com os olhos cheios de lágrimas, ela correu ao encontro da Barbara e abraçou-a. — Graças a Deus! Não sabia como estávamos preocupados. — Soltou-a e olhou para sua barriga. — Vocês estão bem?
Barbara respirou fundo, tensa, e olhou para baixo, tocando a sua protuberância. Analisou-a por alguns segundos deslizando a sua mão pela circunferência. Então, sentiu seu bebê mexer. Sorriu com alívio.