(Ariel)
Quando cheguei em casa, um turbilhão de emoções me dominava. Noah, sentado ao meu lado, parecia perceber exatamente o peso do que eu sentia.
Durante todo o caminho, ele ficou em silêncio, mas de um jeito que me deixava tranquila. Não precisava de palavras, só a presença dele já era reconfortante.
Quando finalmente paramos em frente ao meu apartamento, ele desviou os olhos do volante e me olhou com cuidado, como se não quisesse me assustar.
— Tá tudo bem ficar sozinha? — perguntou, com aquela voz calma que transmite sinceridade.
Suspirei, tentando organizar os pensamentos.
— Acho que sim… Preciso desse tempo pra mim.
Ele assentiu devagar, com um sorriso leve que me deu um pouco de paz.
— Qualquer coisa, Ariel… sério. Se precisar de algo, me liga, tá? — disse, estendendo a mão de forma quase protetora.
— Obrigada, Noah… e desculpa mesmo pela forma como a noite terminou. — falei, sentindo um nó na garganta.
— Ei, relaxa. — ele balançou a cabeça. — Sei que essas coisas acontecem