165. EL GRECO
Anastasio engoliu em seco, ciente de que qualquer palavra mal dita poderia custar caro diante do temperamento impaciente do Greco. No entanto, sabia que seu dever o obrigava a falar, independentemente das consequências.
—O senhor me pediu para vigiar seus filhos Maximiliano e Agapy —começou a falar com hesitação.
—Sim, aconteceu algo com eles? —perguntou imediatamente o Greco ao ouvir o nome de seus filhos.
—Bem…, não com eles precisamente. É sobre o Garibaldi —disse, muito sério.
—Qual deles? —O Greco bateu na mesa, furioso; odiava essa maneira de falar do seu segundo, à conta-gotas.
—Gerônimo, chefe —respondeu Anastasio e explicou—. Ontem à noite, os homens de Jarret armaram uma emboscada e quase o mataram; ele ficou gravemente ferido e foi mandado para o hospital dos Garibaldi. Maximiliano e Agapy correram para lá, e ela ainda não saiu do hospital. Maximiliano, por outro lado, voltou para seu apartamento com uma garota.
O Greco olhou para ele em silêncio, sua mente atormentada por