Ouvi-la dizer aquilo foi como alimentar um fogo na alma de Gerónimo, um calor que subia até cada canto do seu ser. Uma espécie de plenitude ardia na profundidade dos seus olhos. Sentia que entre as suas mãos tinha tudo o que alguma vez tinha imaginado: uma mulher que encaixava em cada recanto dos seus sonhos, alguém que era sua em corpo, mente e coração.
Gerónimo olhou-a como um homem que contempla uma joia única, sabendo que nunca ninguém poderia roubá-la nem compreendê-la. Parou os seus beijos por um momento, percorrendo cada ângulo do seu rosto, memorizando como a luz dançava sobre a sua pele. Respirou profundamente, como se tentasse gravar na memória aquele instante onde tudo no seu universo parecia alinhar-se antes de dizer: —Despe-te para mim, meu céu. —Tenho vergonha —disse ela, cobrindo-se com as mãos. &nbs