Mantém a calma.
Essa palavra reverberava na minha cabeça todas as vezes que me questionava onde Desirée poderia estar. Mobilizei todas as conexões, todos os recursos da organização, e ainda assim, nada.
Cinco horas. Fazem cinco horas que estamos virando Nova York de cabeça para baixo em busca dela, e mesmo assim nada. Cada minuto que passa só aumenta o peso no meu peito, como se a cidade inteira estivesse se fechando ao meu redor.
A incerteza é sufocante. E, pior, o silêncio é absoluto.
É como se Desirée tivesse evaporado. Não conseguimos acessar as câmeras de segurança, o que, para mim, não é nenhuma surpresa — sei que Ren Katakana está com ela.
Mas onde?
Essa incerteza aumenta ainda mais minha tormenta. A ideia de que ela está sob o poder de alguém tão cruel e imprevisível me consome, e cada minuto que passa sem notícias é uma faca girando no meu peito.
Olho para Rodolfo, que está concentrado no notebook, analisando rotas e lugares que provavelmente ainda não verificamos. Ele está c