Nadine despertou na escuridão. O quarto vasto e frio de Johan era uma prisão de sedas negras, e o lugar onde ele havia se deitado ao seu lado estava vazio. Seu corpo, no entanto, sentia-se estranhamente curado, seu pulso mágico, estável. A frieza de Johan havia sido a âncora necessária. A lembrança da noite anterior – a contenção possessiva dele e a ameaça silenciosa em sua jugular – a atingiu com a força de um choque.
Ela se levantou, vestindo o traje de couro preto macio e a túnica de seda escura deixados sobre a poltrona que na noite seguinte ela não lembrava de estar ali. Não era roupa de princesa, mas um uniforme de batalha.
Ao sair, a luz fraca do amanhecer revelou a movimentação febril no pátio central. A mesma piscou algumas vezes tentando ajustar os olhos sobre a luz.
O som de aço contra aço e comandos duros enchia o ar.
Lua a esperava na entrada do salão.
— Bom dia, Rainha. Dormiu bem? Seu corpo parece ter aproveitado muito bem a fonte de calor gelada. — Lua não sabia o que