A Isca e o Prazer
Capítulo 127

“Alguns convites vêm cobertos de mel... outros, de pólvora.”

O celular do sniper vibrou. Ele estava encostado em uma duna nas bordas de Doha, o rifle ainda montado, mas a mira relaxada. Atendeu com um grunhido.

— Fale.

A voz de Celeste, ou melhor, Vânia, veio sedosa, perigosa:

— Villeneuve está bisbilhotando?

— Tá. O bastardo tá chegando perto demais.

— Então me escuta... ainda não. Tenho um plano pra ele.

— Quer que eu me aproxime?

— Vá até ele. Entregue o celular. Eu quero ver o quanto ele resiste ao veneno com cheiro de desejo.

— Entendido.

O sniper desmontou o rifle, se aproximou da SUV em que Rafael Villeneuve havia estacionado. Sem aviso, sacou o punho e acertou um soco direto no rosto dele.

— Tá no lugar errado, riquinho de merda.

Rafael cambaleou, mas revidou com força. O sangue escorreu da boca do sniper. Eles trocaram socos, secos, violentos. Até que o sniper caiu, mas puxou a arma. Rafael, rápido, também apontou.

— Esse riquinho aqui
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