Capítulo 128
“Alguns convites vêm cobertos de mel... outros, de pólvora.”
O celular do sniper vibrou. Ele estava encostado em uma duna nas bordas de Doha, o rifle ainda montado, mas a mira relaxada. Atendeu com um grunhido.
— Fale.
A voz de Celeste, ou melhor, Vânia, veio sedosa, perigosa:
— Villeneuve está bisbilhotando?
— Tá. O bastardo tá chegando perto demais.
— Então me escuta... ainda não. Tenho um plano pra ele.
— Quer que eu me aproxime?
— Vá até ele. Entregue o celular. Eu quero ver o quanto ele resiste ao veneno com cheiro de desejo.
— Entendido.
O sniper desmontou o rifle, se aproximou da SUV em que Rafael Villeneuve havia estacionado. Sem aviso, sacou o punho e acertou um soco direto no rosto dele.
— Tá no lugar errado, riquinho de merda.
Rafael cambaleou, mas revidou com força. O sangue escorreu da boca do sniper. Eles trocaram socos, secos, violentos. Até que o sniper caiu, mas puxou a arma. Rafael, rápido, também apontou.
— Esse riquinho aqui também sabe matar. Quem é