Capítulo 128
“Entre a sedução e a mira, às vezes, o desejo é só mais uma arma.”
O escritório estava mergulhado em um silêncio pesado, cortado apenas pela respiração lenta de Rafael, que observava a paisagem fria além da janela.
Celeste voltou, os cabelos soltos, o roupão fechado, mas o olhar ainda carregando as cicatrizes da luxúria.
Sem dizer nada, ela se aproximou do bar de cristal, serviu duas doses de uísque, ergueu uma delas e caminhou até ele.
Estendeu o copo a Rafael, e antes que ele o erguesse, tocou o dela no dele, num brinde que só ela fez.
— Rafael, você sabe que eu tenho um dossiê completo sobre você.
E você está vivo... porque eu quero.
Ele soltou uma risada baixa, quase debochada.
— Jura? Era pra me excitar... ou pra eu sentir medo?
— Nenhum dos dois. Só pra te lembrar qual é sua posição nesse jogo.
E... se eu quiser dar meu xeque-mate, preciso de você do meu lado.
Ela se aproximou mais, sentando ao lado dele no sofá. Cruzou as pernas, com um deslize calculado, e passou