Capítulo 122
“Quando a pele reconhece a alma, o corpo se transforma em altar.”
A respiração de Naia ainda estava descompassada. As pernas trêmulas, o ventre latejando. Mas Cassian não parava. Ele não queria que ela apenas sentisse prazer — ele queria que ela se lembrasse de como era ser adorada.
Ele ainda estava dentro dela. Duro, quente, pulsando. Mas era a boca dele agora que descia pelo corpo dela como um segundo coração. Ele beijava o ventre que um dia abrigou o filho deles, a cintura que ele tantas vezes segurou com desejo e raiva e amor. Depois, os seios, um de cada vez, sugando com calma, com reverência.
Naia arfava, as mãos nos cabelos dele.
— Cass... você vai me matar... — ela sussurrou, mordendo o lábio.
— Não, amor. Eu só vou te lembrar de como é ser viva.
Ela estremeceu. E quando ele desceu novamente entre as pernas dela, as coxas se abriram sem que ela sequer percebesse. O corpo dela reagia a ele como se nunca tivesse aprendido a se proteger. Ele era o perig