Capítulo 153
Quando o criador perde o controle
Ponto de vista: Cassian
Na parte inferior do complexo, um compartimento oculto se abriu com um rangido mecânico. Luzes vermelhas pulsaram em sequência, como batimentos cardíacos.
E então… os gritos.
Não de dor. Mas de fome.
Dos corredores escuros, saíram os erros de Song.
Homens deformados, musculatura além do limite humano, olhos sem vida. Bestas humanas.
Resultado de uma ciência sem alma. Soldados criados para não sentir dor. Mas também sem pensar. Sem distinguir amigo de inimigo.
— Merda... — murmurou Diego, recuando. — Eles abriram os níveis inferiores.
Cassian se juntou a ele, a arma em punho, os olhos fixos nas sombras que avançavam.
— Atirem para desmembrar. Não parem.
O corredor virou um campo de guerra.
Fahd, mesmo ferido, se levantou e disparava com a outra mão. Os cinco infiltrados da Interpol lutavam lado a lado, tiros precisos, granadas táticas.
Um dos infiltrados — Malek, o mais novo — correu até o compartimento principal.