CAPÍTULO 48: “O Jogo de Poder na Intimidade”
(Sofia Narrando)
A casa estava silenciosa, o tipo de silêncio que mais parece um prenúncio de guerra.
A lareira crepitava suavemente, mas o calor que emanava dela não era suficiente para abrandar o frio que sentia dentro de mim.
Sentada no sofá, com uma taça de vinho quase intocada na mão, esperei.
Sabia que Leonardo viria para casa, tarde como sempre, carregando o peso dos segredos que jamais compartilhava.
Quando a porta finalmente se abriu, ouvi os passos firmes dele no chão de mármore.
Ele sempre andava como se fosse o dono de tudo, cada movimento cuidadosamente controlado, cada gesto intencional.
Quando apareceu na sala, meu olhar o encontrou imediatamente.
— Está tarde — observei, minha voz calma, mas afiada como uma lâmina oculta.
Ele não respondeu imediatamente, apenas tirou o casaco e o colocou sobre a poltrona mais próxima. Seus olhos escuros me analisaram, como se estivesse tentando decifrar o que havia por trás das mi