A mansão estava mergulhada em silêncio quando fechei a porta do meu quarto atrás de mim. O corredor era escuro, iluminado apenas pela luz prateada da lua que entrava pelas janelas altas. Meu coração ainda batia acelerado, ecoando as palavras de Vittorio na minha mente. Eu não era apenas uma hóspede. Eu era uma peça central em um tabuleiro muito mais antigo do que eu podia compreender por completo.
Rossi. Aquele nome havia ecoado em mim desde a primeira vez que ouvi. Agora fazia sentido. Eu fazia parte da linhagem proibida. Não uma ameaça por acidente, mas por nascimento. E, ainda assim, sentia como se ainda faltasse algo. Uma última peça. Um detalhe que conectasse todas as dores e silêncios dessa casa.Decidi procurar Enzo. O impulso era maior que o orgulho. Eu precisava entender se ele sabia. Se ele havia me protegido por afeto ou por conveniência.Desci as escadas devagar, os pés descalços quase flutuando sobre o mármore frio. O salão estava vazio. A lar