Heloise
narrandoMeu pai retornapara farmácia com cara de poucos amigos, ele entra para dentro de uma sala e euvejo que ele começa a fazer muito barulho lá dentro, eu respiro fundo e ficoali mexendo no celular.Eu confesso quejá estava pensando em sair correndo de dentro do morro e por alguns segundosestava me perguntando o que eu tinha vindo fazer aqui, até porque eu e ele agente nunca teve tanto contato, mas além dele eu tinha minha tia e minha primaaqui e na minha cabeça era muito melhor do que ficar sozinha perambulando no rio de janeiro e passando necessidade.— Oque o senhor está fazendo? – eu pergunto vendo ele tirar um monte de dinheirodo cofre – que dinheiro todo é esse?— Calaboca – ele fala pegando uma arma e apontando para mim – garota insuportável quemerda que você veio fazer nesse morro?— Oque o senhor acha que está fazendo?— Euque pergunto para você que merda você acha que está fazendo vindo no morro comesse papo que precisa de ajuda? Você nunca me procurou.— Mentira– eu respondo – você disse para minha mãe que não era para eu te procurar nuncamais, que você me renegaria e mesmo assim eu mandava ajuda para você com opouco que recebia e você aceitava.— Aquelasesmolas? – ele pergunta rindo – quem precisa daquelas esmolas quando se temtudo isso? – ele mostra a bolsa de dinheiro.— Abaixaa arma pai – eu falo— Nãome chame de pai! Eu me recuso a ter que escutar você me chamando de pai – euolho para ele incrédula com toda aquela situação e não conseguia acreditar noque ele estava me falando.— Oque o senhor vai fazer?— Fugir,não está vendo?— Porque?— Porquetodos querem me matar – ele grita – e eu não vou deixar que isso aconteca.— Porquequerem te matar? – eu pergunto— Chegade tantas perguntas sua inútil, você é que nem a sua mãe uma inútil, a melhorcoisa que aconteceu na minha vida foi quando ela foi embora e levou você suapirralha dos infernos.— Nãofala da minha mãe dessa forma.— Falosim, sua mãe era uma vagabunda, uma vadia – ele fala com a arma na mão - e agora você me aparece aqui querendo umlugar para morar? Eu quero você vá para o inferno.— Seunojento – eu grito – você não vai fugir para lugar nenhum, você é um monstro,você é muito pior do que a minha mãe te dizia.— Suamãe te falou o quanto ela me traia? O quanto ela era uma vagabunda?Nem minhafilha você deve ser.— Calaboca, minha mãe era a melhor pessoa do mundo – ele solta uma gargalhada— Suamãe era uma piranha.— Seumonstro, idiota -e u vou para cima de você – eu odeio você, ele me segura pelosbraços e me j**a no chão e eu fico zonza.— Calaboca garota – ele fala e começa a jogar álcool – queima no inferno que é esse oseu destino.— Oque você vai fazer? – ele pega a mochilaEu me levantorápido e ele anda em direção a porta quando eu iria andar em direção a portatambém, eu resbalo e caio, só consigo ver algo brilhoso e a porta se fechando,eu desmaio.