Ele olhava para o pequeno relógio uma e outra vez enquanto tentava decidir o que fazer. O Abadon estava a trinta metros de distância e da atividade da tripulação eles pareciam estar prestes a zarpar. Foram cinco minutos a seis, mas mesmo que tivessem sido cinco horas, Helena teria sentido a mesma coisa.
Ela queria subir; ela queria pegar sua pequena mala de viagem e passar mais de uma semana, esquecida do mundo, navegando naquele navio. Mas lá estava ele. Marco Santini.
Deixando de lado o fato de que ele a havia salvo e que ela se sentia excepcionalmente bem ao seu lado, ela sabia que a química entre eles estava lá desde antes, desde a manhã em que eles se encontraram por acaso. Em seus quase vinte anos, Helena nunca havia sentido nada parecido, nunca um homem havia feito sua alma tremer só de chamá-la de "bonita" e ela não tinha idéia por que Marco Santini era capaz de fazer isso.
Talvez lhe faltasse experiência, mas ela não era estúpida. Ela sabia que se entrasse naquele barco, nã