— Você lembra deles?
Ela baixa o olhar, triste.
— Não muito. Mas sinto falta do meu babbo. Eu quero ele, Esmeralda. — sua voz embarga e parece que o chão desaba sob mim.
Engulo uma vontade de chorar e tento passar alguma esperança, mesmo quando eu mesma já estou quase sem nenhuma.
— Oh, pequena... Eu aposto que seu pai está procurando por você agora mesmo. Com certeza ele está. — Ela hesita e balança a cabeça devagar.
— Não sei... A Camila diz que ele foi para o céu.
— E você acredita nela? — Ela nega rapidamente com um gesto firme.
— Não. Eu sinto que ele tá vivo. Eu sinto.
— Qual o nome dele, Soso? — pergunto com cuidado.
Ela para, franze a testa e pensa bastante, como se puxasse lembranças bem guardadas num cantinho da mente.
— Ares... Acho que é assim que ele se chama. Também lembro da tia Tari e da Diana. Só esses nomes.— Meu coração pesa, ela parece se esforçar muito para lembrar.
Ares? Tari? Quem seriam essas pessoas? Tudo parece tão maior do que eu imaginava.
— Vo