— Ótimo. Agora siga a Nuri e aproveite seu presente. — diz, batendo de leve em meu ombro antes de desaparecer no meio da multidão. Merda. Era só o que me faltava.
Olho ao redor e vejo mais mulheres, algumas encostadas às paredes, outras sentadas, todas com o mesmo olhar vazio, de quem perdeu a esperança. Ombros caídos, mãos inquietas, presas que aguardam o próximo predador.
Sinto a raiva crescer no meu peito. Esse tipo de sujeira é comum em certas máfias, mas não entre os italianos. Na Itália, esse tipo de comércio é condenado, e quem ousa cruzar essa linha sofre as consequências. Meu cunhado e minha irmã pensam como eu, mas infelizmente o alcance deles não chega até aqui. Aqui, estamos em território árabe, onde a regra é a força e a crueldade.
Me vejo com duas saidas: cumprir o protocolo e manter minha posição segura ou agir conforme meus princípios e enfrentar as consequências. E sei bem qual irei seguir.
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Sento na cama e espero a japonesa. Não pretendo tocar nela, mas pr