ESMERALDA DEL CASTRO
Desligo o celular mais uma vez, irritada. Já é a terceira ligação e ninguém fala nada quando atendo. Tem que ser muito desocupado pra ficar gastando tempo com isso! Suspiro fundo tentando esquecer essa chatice, quando Mia invade meu quarto.
— Priminhaaa! — ela chega toda elétrica, se jogando ao meu lado na cama. — Preciso de você!
— Lá vem confusão... — digo já antecipando o problema. — E pra quê agora? Não vou mais pra balada com você, Mia, chega.
Ela ri da minha cara como sempre.
— Não é balada, relaxa. — diz balançando a cabeça. — Tô querendo fazer algo diferente... aí pensei: por que não uma tatuagem? Genial, não acha?
— Meu Deus... — olho pra ela desconfiada. — Já sabe o que vai tatuar?
— Ainda não. — ela dá de ombros com aquele sorrisinho maroto. — Mas já sei onde vou fazer.
Pelo brilho nos olhos dela, já imagino besteira.
— Pela sua cara, tô até com medo de perguntar onde.
— Pergunta! Vai, pergunta! — ela provoca, batendo palminhas.
— Tá, onde va