Mundo de ficçãoIniciar sessãoROCÍO CRUZ
Enquanto as empregadas se apressavam, o motorista ficou na minha frente. Desta vez, com delicadeza, ele levantou meu queixo, analisando o ferimento que aquele homem havia causado no meu pescoço.
Ele balançou a cabeça, resignado, com a atitude de alguém que sabe que está condenado, mas mesmo assim não desiste. Ele tirou um lenço limpo de uma das gavetas e o umedeceu na pia do banheiro antes de me sentar na cama, ao lado dele, para limpar o ferimento com cuidado. Na verdade, ele estava se esforçando para não me machucar mais do que eu já estava.
— Não se preocupe... estou acostumada com a dor desde pequena — eu disse com um meio sorriso e pressionei sua mão contra minha pele, incentivando-o a esfregar com mais força. — Quando criança, eles até me batiam com o cabo do ferro de passar. Você acha que esse







