Três meses se passaram num piscar de olhos.
A casa que antes respirava novidades de bebê agora exalava flores, tecidos e caixas de lembrancinhas de casamento empilhadas pelos cantos.
Calebe já balbuciava sons e engatinhava desajeitadamente, enquanto Isadora tentava conciliar reuniões online, as últimas decisões do evento e noites mal dormidas.
O casamento estava marcado para o próximo sábado.
O vestido, pronto.
O local, reservado.
A lista de convidados, fechada.
E, mesmo assim, o coração dela parecia dançar entre euforia e medo — como se o destino ainda pudesse pregar uma peça.
Leonardo percebia.
Ele observava cada expressão dela, cada respiração mais curta, e se aproximava com aquele olhar sereno que, nos últimos meses, se tornara seu maior ponto de paz.
— Você está tensa. — Ele disse, ao encontrá-la parada no meio da sala, encarando o cronograma impresso na parede.
Isadora suspirou, passando a mão pelos cabelos.
— É só muita coisa acontecendo ao mesmo tempo. A empresa, o casamento,