Viviane

O sangue me subiu como um jato fervente assim que vi aquele nome na ata da reunião da empresa. Gustavo Moreira. Representante da Stern Capital. Representando quem?

Só podia ser coisa da Carolina.

Respirei fundo. Contei até dez. Depois até vinte. Mas nada adiantou. Meu coração pulsava no ritmo da indignação. Aquilo não era apenas uma afronta. Era uma humilhação pública. Como se alguém jogasse lama no brasão da família Mancini.

Peguei minha bolsa e fui direto até o apartamento dela. Sem avisar. Sem pedir licença. Eu estava no meu limite, e quando estou no meu limite, eu não perdoo.

Abri a porta com força. Ela estava no sofá, com uma taça de vinho barato na mão e a perna cruzada, como se nada estivesse acontecendo.

Viviane: — Você perdeu completamente a noção?

Carolina: — Ué… Oi pra você também.

Viviane: — Não vem com deboche. Você colocou aquele verme do Gustavo como representante da Stern dentro da empresa da minha família?

Ela ergueu uma sobrancelha, como se não estivesse ente