Grávida do meu chefe
Grávida do meu chefe
Por: Isa F.
O encontro

— Um brinde à mais nova funcionária da TechGlobal! — Mariana ergueu a taça de espumante, quase derrubando algumas gotas em cima da mesa.

— Eu ainda nem acredito que consegui — Isadora riu, sentindo o coração acelerar só de pensar no primeiro dia de trabalho. — Foram meses de entrevistas, testes, noites sem dormir…

— E valeu a pena — completou Júlia, a outra amiga, piscando para ela. — Agora você merece relaxar.

A boate estava lotada, as luzes coloridas iluminando rostos desconhecidos, e Isadora se permitiu, por um instante, esquecer a pressão e apenas dançar. As três se perderam entre a música e as risadas, celebrando como se não houvesse amanhã.

Em certo momento, ofegante, Isadora deixou as amigas na pista e caminhou até o bar para pedir água. Foi quando percebeu que alguém a observava.

Um homem, sentado sozinho, terno escuro contrastando com o ambiente vibrante, olhava diretamente para ela. Não era um olhar invasivo, mas firme, intenso, como se tentasse decifrar seus pensamentos.

Isadora sentiu um arrepio inesperado.

Talvez fosse o álcool, talvez o clima da noite, mas quando o garçom colocou o copo em sua frente, o desconhecido já estava ao seu lado.

— Você não parece do tipo que se perde em boates — ele comentou, com um tom leve, quase divertido.

Ela arqueou a sobrancelha. — E você parece do tipo que frequenta mais reuniões do que pistas de dança.

Ele sorriu. E, naquele instante, ela soube que aquela noite não terminaria como qualquer outra.

Isadora se surpreendeu com a forma como aquele homem parecia ocupar espaço.

Não era apenas a altura, o terno ou o jeito que o olhar dele queimava como se pudesse atravessar qualquer defesa — era a confiança com que falava, como se estivesse acostumado a ter o mundo aos pés.

— Não vai me dizer seu nome? — ele perguntou, apoiando o cotovelo no balcão do bar.

— E estragar a diversão do mistério? — ela ergueu uma sobrancelha, segurando o copo de água com firmeza.

O sorriso dele foi lento, perigoso.

— Então vou ter que descobrir sozinho.

Isadora desviou o olhar, tentando focar nas amigas que ainda dançavam na pista, mas era impossível ignorar o calor da presença dele ao seu lado.

Ela não estava ali para isso. Não queria complicações. O emprego novo exigiria foco absoluto, e a última coisa que precisava era de distrações masculinas.

Mas havia algo nele que desmontava todas as certezas que ela repetia para si mesma.

— Posso pelo menos te oferecer uma dança? — ele insistiu, estendendo a mão.

O impulso foi recusar. Ela odiava perder o controle. Mas quando seus olhos se encontraram outra vez, uma parte dela — a parte que estava cansada de carregar peso nos ombros — gritou para aceitar.

A pista de dança parecia menor quando ele a puxou para junto de si. O perfume amadeirado, a firmeza das mãos, a maneira como seus corpos se ajustaram ao ritmo da música… tudo conspirava para que ela esquecesse onde estava.

— Você dança bem — ele murmurou próximo ao ouvido dela, a voz grave provocando arrepios.

— Não sabia que estava sendo avaliada — Isadora rebateu, tentando soar firme, mas a respiração já denunciava a confusão que ele causava.

Por um momento, esqueceu do mundo. Era só ela e aquele estranho de olhar intenso.

Até que a consciência voltou como um choque: ela não o conhecia.

Quem era ele? O que queria? E por que, de repente, parecia impossível se afastar?

Isadora puxou o corpo para trás, tentando retomar o controle.

— Acho que já me diverti o suficiente por hoje. Preciso voltar para as minhas amigas.

— Já vai fugir de mim? — ele provocou, sem disfarçar o tom divertido.

Ela respirou fundo, tentando disfarçar o quanto aquelas palavras a afetaram.

— Não é fuga. É autopreservação.

Antes que ele pudesse responder, Isadora girou nos próprios pés e caminhou de volta para a pista, sentindo o olhar dele queimando em suas costas.

O que não sabia… é que aquele não seria o fim.

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